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Médico cirurgião mostra que falta de estrutura nas estradas é uma das principais causas de acidentes

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O médico cirurgião de Guarapuava, Jean Ricardo Nicareta, apresentou nesta quinta-feira (07) um estudo que demonstra que os acidentes com morte nas rodovias ocorrem por falta de estrutura. De acordo com ele, os índices de óbitos apresentados oficialmente pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) ou pelas concessionárias são menores do que os reais. Somente no Hospital São Vicente (HSV), os casos de mortes somam 20% a mais do que os dados oficiais. De 2012 a outubro de 2013, as concessionárias contam 329 mortes na região de Guarapuava (de Ponta Grossa a Foz do Iguaçu) e outros 66 no hospital. “Existe uma falha grave na notificação das mortes”, afirmou Nicareta.

 

Outra situação grave destacada pelo médico é a demora no atendimento de acidentes. Ele contou um caso de um cidadão que sofreu acidente a 80 quilômetros de Guarapuava e morreu no hospital. A demora entre o acidente e a chegada no hospital foi de seis horas. “Além das rodovias deficientes, o atendimento pré-hospitalar tem falhas sérias. A demora no atendimento pode refletir no aumento de mortes que poderiam ter sido evitadas no hospital”, ponderou ele. Para ele, existem poucos pontos de atendimento médico nas rodovias do Paraná.

 

Ele sugeriu aos deputados que seja feito um programa para a compra de aeromóvel para as concessionárias, aumentar bases médicas e bases de apoio a ambulância. “Isto reduziria significativamente o número de mortes. Além de duplicações, terceiras vias e boas rodovias”, complementou ele. No Brasil, a cada 22 minutos uma pessoa morre em acidentes de trânsito. Um atropelamento ocorre a cada sete minutos.